segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sobre os girassóis

Olhando demoradamente um girassol vejo perplexo como é vivo esse mundinho.

Num movimento circular e constante, segue a trilha solar... dobrando e contorcendo o pescoço, um grande cabeção num pescocinho. Servindo de esteira e gratuitamente permite uma abelhinha ao léu se bronzear. Carona providencial, seus polens vão nas patinhas, a cópula solar está completa. O girassol que estonteou ¨van gogh” está mais lindo.


Grandeza de flor é mel!

O universo regido pela flor é paralelo ao éden multicolorido e fantasioso, resumidamente ¨copuloso¨ e fraterno.





Nem flores, nem frutos...só de olhar seu amarelo incandescente fico em estado de ¨mandrake¨, colapso na alma... é só uma flor gigante: de colorido ofuscante...pisoteado por abelhas, colibris e olhares.



Na auréola girassolar, gira girassol, me olhe com seu olho crepuscular, quem sabe tomo banho de sol sob seu manto solar!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Tic...tac,Tic...tac,tictac, tictac, tictac, tictac,...meu cérebro oco só tique e taca, titica e caga...os pensamentos voaram, as idéias ...cadê as idéias?



Só tenho tictac, tictac,....mãos de prosas nessa hora são as mãos de grosa, áspera e rude, não cabe uma grama de poesia na ¨oquidão¨ do poeta.



O tictac infernal não me deixa pensar, nem amar, nem xingar nem morgar ...tempo, tempo...seja bonzinho e me deixe pensar!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

sobre a pedra filosofal...


Atiro flores pra tudo que é lado.
E se brotasse do chão uma flor solteira, dessas sem estigma nem antera?

Se brotasse em mim uma enxurrada de palavras, daquelas que dizem tudo apartir do nada?

Se eu mudasse meus ventos, partisse ao léu à caça de novos ares? Você iria atrás de mim?

E se eu encontrasse a pedra filosofal?

E se amolasse meu canivete habitual na tal pedra filosofal? Cortaria meu peito e envermelhado de dúvidas será que te enxergaria assim mesmo?

E se meu amor não fosse seu?
Você traçaria numa pedra filosofal qualquer, meu nome, ao lado daquele por do sol que passamos e jericoacara?

Sem duvida, duvide sempre de mim...meu amor termina quando me perco em mim!!

Dá pra encarar aquela duna? Areia fofa e quente, sombra de juá e ingazeiro me lembram do rio, de quanto amamos o rio e de quanta água é preciso pra irrigar nossa flor.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Carcará lá no sertão...é um pássaro malvado,tem o ¨bico vorteado¨ que nem gavião...

Pitágoras ou Renato Moreira Carvalho, um pedreiro de 54 anos, pai da empregada doméstica Sirley Carvalho, que foi covardemente espancada e roubada por pitboys na Barra da tijuca no Rio de Janeiro : ¨eduque a criança para não punir o homem¨...e os holofotes vão para Diego alemão, pose de galã de academia, dentro das rodas grã-finas e cercado pela mulherada...dentro da cabeça: minhocas ou xoxotas, sei lá! mas sei que esse pedreiro é um bom pai, sei que riqueza ou pobreza não faz caráter. A sabedoria está dentro de cada um conforme assim o deseje e a pratique.

Os louros são para o pedreiro, pela postura sã e sóbria, pela coerência entre o falar e sê-lo. ¨os pais têm saber onde seus filhos estão, tem que ter olhos para os filhos, não pelos filhos...tem que dar responsabilidade¨ ¨não dei bicicleta, dei limites ¨

Lendo o soberbo Guga, que sabe ver com olhos de lince a realidade urbana, ouso teclar sobre o cotidiano, sobre a mazela da violência e a velocidade estúpida em que os ¨pitjovens¨ vivem, como se a realidade fosse um vídeo game. Se acabar: começa do zero , ¨reload¨ e pronto. Vejo no pai carcará, que varre o lixo moral do mundo, tornando-o alimento pros filhos e pra si...e é soberbo na sua dignidade e altivez de mais um ¨Renato, o pedreiro¨ na lida!