terça-feira, 24 de março de 2009









Façam-se a luz !
Olhos precisam de claridade,
clarititude pra transformar o belo em atitude.

beleza põe mesa
beleza é fartura numa mesa de madeira fixe!
beleza é a delicadeza do facheiro, encravado na caatinga
transformado em fartura na mesa de uma meias duzia de reses cambaleantes...na seca!

Apaixonadamente transpiro sal,
purificação em sal,
salvador de minha pátria, sal sal sla als cio do sal!!
cio da menina devastada pelo pai, pelo padre...pela mão que apunhá-la as leis.
mãos de mãe,
mão de saudade, da rua do beco, do beco do eco do becobêêêcobêcobêêêêêêcô !



Salve a langerie,
salve-se a langerie que transforma a forma mais bonita em luz!

salve o candeeiro que ilumina esses olhos dissecantes.
salve a cadeia que prende esse coração carrasco. coração que só quer trovoadas,flechadas,migalhas!

Salve a langerie vermelha,

que cobre a pele de luz difusa, que bronzeia a pele arrepiada de suor!

salvem-se os puros,

Salvem-se os medrosos, os belicosos em pensamentos pueris e monossilábicos!



Apaguem a luz ao sair,

acendam meus olhos ao entrar

ver é simples,
desde que os olhos do poeta estejam fechados
abram-se as portas de meus olhos,
quero luz,quero fogo e faiscas,
abram-se os amarelos incadescentes de seus olhos,
branquei-me com seu riso,
sussurre palavras inaudíveis,
monossilabicamente : ame-me !