quinta-feira, 20 de novembro de 2008

coisas de roça!


Diga-me ¨prosista¨, onde anda as rendas e bramantes que embelezavam as casas de taipa?

Faz tempo, muito tempo que não vejo uma casinha de taipa como manda o figurino:
Teto baixo, telhas grossas e madeira de faxeiro na sustentação.

Casinha de taipa, sonho de matuto.
Matuto é um estado de espírito, matuto é consolação.

Amor de matuto é coisa pura e atemporal, matuto é ser em extinção.

Amor nesse sentido matuto, está fora de cogitação. A labuta agonizante nos cega o coração.

Poeminha de amor matuto:

Amo-te sinceramente,
Palavras não sei dizer, não!
Minhas palavras são o sentimento,
Esse apaziguamento que sinto em te amar feito a um irmão.

Te amo não é de hoje( é ¨deôôje ) , já nasci meio no meio da essência mais pura.
Numa melodia de pintassilgo com ¨fogo pagô¨, de riso com saudade,
de gente com multidão.

Te trago no peito feito amuleto,
Que espanta a saudade, que trás a tempestade de estar tão longe estando aqui.
Te amo de um jeito miúdo,
Te quero grão de areia que faz a pilastra que apóia nossa casinha de taipa,
Casinha de roça distante.

Sinto um frio constante,
Desses que congelam a alma... só de pensar que a modernidade , a cabeça ¨modernoza¨ dessa gente que só cresce, te levaram daqui, te jogaram num mundo que nem taipa é taipa, é concreto e areia, é excesso de gente e solidão!

fotografia de André Abreu, que reside na cidade do Conde-PB.




quarta-feira, 19 de novembro de 2008


Primeira a luz e o verbo,

depois reluz invenção...A energia dos doidos,

motor da imaginação..


Entre,

seja bem vindo a esse universo em conspiração!

Conspiração poética em cada esquina.


Um bloco de concreto absoluto, frevando na avenida abissal de olinda!

Uma ladeira subindo rio acima, esfriando levemente as cadeiras de quem ruma ladeira abaixo.


Conspiração eclética,

O sorriso maroto da menina, que de tão linda, ofusca o brilho da poesia.


Um beijo nas letras,

Um abraço nos braços do boneco de olinda!


Ósculo infante da maresia, sob a ótica do sertão, subo as ladeiras em estado de ¨ Oh, linda¨!
Finco um mastro em quatro cantos, busco o encanto e cochilo nesse sol escaldante...na sombra de um pé de pitomba!!