quarta-feira, 17 de junho de 2009




O medo




Sob o sol torrencial da bahia,


grãos de milho concorrem em beleza com o astro rei.


Amarelo ¨Vincent van Goghiano¨ ao vivo, à cores para nossos olhos cansados do vermelho emergencial que nos abate pelos jornais e tv à toda hora e local.




Roçado de milho,


farra junina, ceia farta...enfeitada por amarelo ouro.


A proteção do roçado está morta. Carcaça inerte, pendurada à espera de...nossos medos, nossa fragilidade diante do amanhã.




Ossada exposta ao sol amarelado ouro, tal qual Van Gogh de orelha cortada, tal nós mesmo diante do pássaro azul, que rouba grãos de ouro da roça. Céu de luz azulada, ladrão de ceia...encouraçado de azul, de olhar amarelo ¨grão de milho ouro¨Van Gogheando¨por aí, sem orelhas penduradas, sobre o tronco que pertence ao guardião do milho, ao espanta olho gordo e mau olhado ( sob esse céu lindo e azulado não dá pra perceber o mau, só o bem ( bem azul e bem amarelo).Não dá prar rir nem chorar com nossas superstições, elas nos mantém de algum modo menos medrosos, menois afoitos sob um sol azul...no céu amarelo de Vincent Van Gogh.

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