domingo, 29 de agosto de 2010

A fechadura da alma!


Quando partí, deixei um rio de mágoas para trás.
de repente, eis que de repente, descubro que sempre estive presente...não houve essa tal fuga aborrecente. A caminhada está enveredade nos pés pra trás, feito truque do cangaço, alpercatas invertidas pra driblar as volantes.

No volante dessa trilha,
devo ter aprendido a perdoar, pois me esquecí de desamar.
as tralhas amontoadas durante os anos fazem falta, quendo me sobram forças.

Quando partí, uma dezena de amores ficaram. Quando percebí o desatino da fuga, eis que vejo uma trilha estreita, iluminada por luzes rôtas. Vejo o amálgama dos dentes cairem, doendo-me até as fibras mais remotas.

No dia em que partí,
um sorriso discreto vazou pelo canto da sala,
a amplidão do silencio me fez ver que não preciso ser óbvio, ser uma mula falante diante das bobagens, amizade não se compra com moedas imundas...amizade é palavra sublime, mesmo que o vácuo da distância seja um trunfo nas mãos do desengano.


O dia da partida foi um engano,
não se vai assim em busca de um abraço, de uma amizade tão sutil.
Amigo não se engana na partida, amigo fica até o fim !!

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