quinta-feira, 5 de abril de 2007

Twice! poesia em duas mãos de novo.

é aqui mesmo!!!


vai sim, crônica é algo gostoso de se ler no café da manhã. Ainda não é manhã, é madrugada. Um vento gostoso que me dá calor, que me faz temer o frio das lembranças de pecados que fabriquei pra me esconder do que me foi imposto pelo ego ridículo sombrio de uma idelogia que foi fabricada para não me permitir sonhar...
Dane-se! sonho sim, sonhamos sim, juntos, bebemos o vinho, o sangue de boi que querem que bebamos, que comemoremos a morte ou a imortalidade da alma de quem nunca existiu? somos peças, somos partes, pseudo-verdades, fragmentos, ilusão! Não existimos! nem tente me inventar!

vento quente lá fora, frio na barriga aqui dentro.

pé de vento, meia de algodão, sapato no chão!

areia, fogo e cristal...terra, uva e porre!

penso, tenho, sigo e fico!

olhos de algodão doce, lábios de criança!

mas o lance é relatar o momento, é descrever o sabor do gole profundo, do doce azedo do vinho-cerveja, da voz atenta da cantora antiga e moderna que canta aquilo que ouvi quando era criança e que adulta ainda assim, quero prefiro conservar a meiguice da canção da infância.
Ele vive no mundo que pertence a ele, eu pertenço ao mundo que fiz pertencer a mim. Qual a diferença de nós dois? a arte... a sua faz parte da minha, a minha é a arte que alimenta a dele, a dele, a que invento pra me distanciar dos paradigmas.. Somos diferentes? átomos fragmentados, inteiros, unos, perpétuos, em busca do que poucos acreditam que exista: evoluir, é o destino!

abelha, abelhinha faz zumzum e mel
dó sol tenho dó da lua
fotografia é arte?

dois mais um igual a familia
dois menos um é o mesmo que dor

paganini moto pérpetuo
andré cascadura e sua flauta doce encantada
bossa nova é blues?

nem posso passar desse devaneio, nem cercear essa viagem...
estou de malas prontas,
duas mãos, oito pés, duas bocas, mil pensamentos!!!